A
primavera-árabe consiste na onda de protestos, revoltas e revoluções populares
contra governos do mundo árabe que eclodiu em 2011. A raiz dos protestos é o
agravamento da situação dos países, provocado pela crise econômica e pela falta
de democracia. A população sofre com as elevadas taxas de desemprego e o alto
custo dos alimentos e pede melhores condições de vida.
Os países
pioneiros são a Tunísia e Egito. Mas as manifestações atingiram outros países
como Líbia, Argélia, Bahrein, Djibuti, Iraque, Jordânia, Síria, Omã e Iémen. Tudo começou
em dezembro de 2010 quando um jovem tunisiano ateou fogo ao próprio corpo
como forma de manifestação contra as condições de vida no país que morava. Ele
não sabia, mas o ato desesperado, que terminou com a própria morte, daria
consequência ao que, mais tarde, viria a ser chamado de Primavera Árabe.
Protestos se espalharam pela Tunísia, levando o presidente Zine el-Abdine Ben
Ali a fugir para a Arábia Saudita apenas dez dias depois. Ben Ali estava no
poder desde novembro de 1987.
Inspirados
no sucesso dos protestos na Tunísia, os egípcios fizeram seus
próprios manifestos. A saída do presidente Hosni Mubarak, que estava no
poder havia 30 anos, demorou um pouco mais. O ditador renunciou após ter que travar batalhas
violentas com os rebeldes, depois do início das manifestações populares no Cairo, a
capital do Egito. Mesmo internado, Mubarak foi
submetido ao julgamento.
Ainda no mesmo ano, Egito e Tunísia
foram às urnas para eleger novos presidentes. Os tunisianos elegeram Ennahda.
No Egito, A Irmandade Muçulmana foi vista como favorita nas apurações. Em ambos
os países, partidos islâmicos saíram na frente. A Líbia, sendo governada por
Muamar Kadafi havia 42 anos, se envolveu em um guerra civil entre exército e
rebeldes. O ditador foi morto em Outubro em sua cidade natal, dois meses após a
libertação da capital Trípoli.
O último governante a ser derrubado
foi Ali Abdullah Saleh, do Iêmen, após sofrer um
atentado na cidade de Sanaa. Após a renuncia do presidente, seu vice, Abd
Rabbuh Mansur al-Radi, anunciou um governo de transição
para reconciliação nacional.
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