Impeachment no Paraguai

A contradição política que aconteceu no Paraguai, no dia 22 de julho de 2012, entre o Presidente Fernando Lugo e o seu vice Federico Franco, no inicio era discutido apenas dentro da cúpula governamental e no Paraguai, não obstante passou a ser um assunto internacional, envolvendo vários países e alterando a organização do bloco econômico MERCOSUL.

Em 29 de outubro de 2011, o Presidente Fernando Lugo entrou no poder com a promessa de realizar a reforma agrária e defender os mais necessitados. Após algum tempo exercendo seu mandato, foi acusado de não ter resolvido o problema da concentração de terras no Paraguai.

Para responder a acusação, Lugo se declarou inocente, acusando os deputados e senadores da câmara do poder legislativo. Assim, ele pediu para que os sem-terra invadissem os terrenos, não obstante, quando os manifestantes invadiram as terras, a policia paraguaia, ignorando as ordens de Lugo, matou 11 camponeses e prendeu 12 pessoas, com várias pessoas feridas.

Lugo se defendeu, afirmando que a matança não foi planejada por ele, mas sim pelo poder legislativo. Após a acusação, o poder legislativo revidou, acusando Fernando de impeachment (Afastamento de um chefe do poder executivo).

No lugar de Lugo, entrou seu vice, Federico Franco, sendo apoiado pela câmara legislativa, pois era a favor da terra ficar concentrada na mão de grandes empresas.

Esta situação além de ter causado problemas nacionais, também trouxe problemas internacionais, pois após a entrada de Frederico Franco no poder, alguns países que participam do MERCOSUL (Argentina, Brasil e Uruguai) e a Venezuela (que não está no MERCOSUL), acharam que esta atitude do governo do Paraguai não era nada democrático, então resolveram suspender o Paraguai do Mercosul e colocar a Venezuela como um membro.

O Paraguai não aceitou ter sido suspenso do MERCOSUL, então na tentativa de se manter neste bloco econômico, ele fez algumas “ameaças” para o Brasil, onde o Paraguai iria parar de vender o seu excedente de energia da usina de Itaipu (que é entorno de 45% o excedente de energia que o Paraguai produz) para o Brasil, não obstante o acordo feito em 1973, entre o Brasil e o Paraguai, dizia que a usina de Itaipu deveria vender seu excedente para o Brasil, não considerando seu preço. O Paraguai ameaça aumentar o preço da energia, porém a Venezuela, também ameaça parar de vender petróleo para o Paraguai.

A Argentina também sofreu algumas “ameaças”, onde a hidrelétrica de Itaipu poderia se romper, assim criando uma enchente, que poderia destruir todas as cidades próximas do Itaipu, incluindo Buenos Aires.

O Impeachment desencadeou varias conseqüências tanto positivas quanto negativas para a América do Sul, também trazendo alguma tensão para uma das reuniões mais importantes entre os governantes mundiais, a Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas.